segunda-feira, 11 de maio de 2009

Fernando Pessoa



Poeta, ficcionista, dramaturgo, filósofo, prosador, Fernando Pessoa, um dos maiores génios poéticos de toda a nossa Literatura, é a mais complexa personalidade literária portuguesa e europeia do século XX. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes, e redigiu alguns dos seus primeiros textos poéticos, atribuídos a pseudónimos, entre os quais se salienta o de Alexander Search. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente estrangeiro" e dedica-se a uma vida literária intensa.


Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a revista Orpheu, revista que assinala a afirmação do modernismo português e cujo impacto cultural e literário só pôde cabalmente ser avaliado por gerações posteriores. Participou na fundação de algumas revistas e colaborou noutras - A República, Teatro, A Renascença, Eh Real, O Jornal, A Capital, Exílio, Centauro, Portugal Futurista, Athena, Contemporânea, Revista Portuguesa, Presença, O Imparcial, O Mundo Português, Sudoeste, Momento.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista Orpheu (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, Mensagem (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. A editora Ática começou a publicar a sua obra poética em 1942. No entanto, já o grupo da Presença tinha iniciado a sua reabilitação (poética e filosófica) face ao público e à crítica.

1ª Semana Temática


Esta primeira iniciativa do género neste blog vai ser dedicada a Fernando Pessoa. Um grande senhor da literatura portuguesa e como o próprio se intitula o "super-poeta". Considerado internacionalmente como um dos maiores poetas do sec. XX a par de Pablo Neruda. Esta semana é dedicada a ele, aos seus heterónimos e a toda a sua extensa obra.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Memorial do Convento


Título: Memorial do Convento

Autor: José Saramago

Páginas: 373


Uma obra-prima da literatura portuguesa. José Saramago prova neste livro o porquê de ser um Prémio Nobel pois a sua escrita é diferente e encantadora. Este livro retrata a construção do convento de Mafra, a vida amorosa do Rei D. João V e sua mulher contrastando com a vida amorosa de Baltasar e Blimunda. Esta última personagem é uma das mais brilhantes personagens literárias de sempre. Blimunda possui o poder de ver dentro das pessoas quando está em jejum, poder esse que será bastante importante para o sonho do padre Bartolomeu Lourenço. A personagem feminina tem que recolher vontades para pôr a passarola a voar. Resumindo uma história apaixonante e a prova de todo o valor de José Saramago.